quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

OPINIÃO

Ando meio desanimada com nós, mulheres, mães e pais...


Não estou muito satisfeita sobre o modo como estamos criando nossos filhos e filhas...

Uma das razões é essa história de vampiros para todos os lados (crepúsculo, lua nova, séries de TV com os ditos cujos, monstros dos quintos dos infernos, etc...). Livros aos montes mais ainda do que filmes.
Gente, como que vampiros podem ser considerados heróis, mocinhos, ídolos? Tudo bem, há a parte romântica da coisa que é muito antiga. Atores que ficaram consagrados fazendo o papel de Drácula...É ficção! Mas o que está acontecendo agora é uma febre romântica, gótica, sei lá mais o que, que está atingindo crianças, adolescentes, jovens e adultos (pasmem!!!). Em geral, mulheres, que se identificam com a mocinha, que é auto-destrutiva, suicida, com cara de doente e apaixonada por um vampiro, lindinho?!?!? que é “bonzinho” porque não suga sangue de gente e sim de animais!!! Pobres animais! Ninguém pensa nisso na hora que está vendo o filme? São coisas muito cruéis! Outras gostariam de ter um vampiro daquele na vida delas, ou o lobisomem? Percebem que conversa de doido?

Esse besteirol gigantesco está introduzindo mensagens muito pesadas e confusas para as cabecinhas de nossos filhos, mentes que ainda estão em formação e que se influenciam, sim, com essas coisas malucas, que não existem e que não são mais engraçadas ou tragicômicas como os antigos vampiros. E mais: os pais deixam crianças pequenas assistirem coisas que no cinema seriam para maiores de......!

E as mães, que querem continuar a ser mocinhas, garotinhas e agem de forma ridícula entrando nessa onda só para agradarem os filhos e amigos?

Na verdade a mocinha (Bella) é submissa, dependente de corpo e alma de um ser extremamente problemático, e quer se matar para ficar com ele!!!

Não acho que essa personagem deveria ser exemplo para ninguém! Mas muita gente vai dizer: “sua tonta, é ficção!” Eu respondo: “é ficção para os adultos e pessoas maduras que vão encarar essa história com outros olhos, diferentes dos jovens!” Muitos jovens não conseguem ainda separar a fantasia da realidade e podem ficar muito confusos sim. É só a gente lembrar de nossos ídolos. A influência que tiveram sobre nós e tantas outras pessoas. Só que hoje em dia a mídia domina tudo. Naquela época tudo era bem mais diluído. A influência era mínima se comparada aos nossos dias. Ela (a mídia) joga informações selecionadas em cima da gente o tempo todo. Alguém discorda?

Hoje temos jogos horripilantes que, se os pais verificassem antes de deixarem seus filhos lá, horas, jogando aquilo, nunca permitiriam. Ninguém vê isso antes de dar ao filho essas porcarias de jogos onde aparecem assassinatos, surras, envolvimentos estranhos entre pessoas...melhor parar por aqui...

Existem jogos bons por sinal...

Bom, o meu objetivo aqui é tentar dar uma opinião diferente da maioria para ver se as pessoas pensam de forma crítica sobre nossas escolhas e o que permitimos a nossos filhos, cada vez mais precoces em todos os sentidos.
Essa mania de concordar com tudo que eles querem para não criar conflitos, de não dar limites e atenção (essas duas coisas andam juntas), de não cobrar o que deve ser cobrado, enfim essa permissividade generalizada é que vai gerar cidadãos cada vez piores e mais sofridos em nossa sociedade.
Não podemos dar autonomia a pessoas que ainda não tem capacidade de fazer essas escolhas sozinhas. Isso só vem com o tempo!

Somos pais, educadores, formadores e não amiguinhos de nossos filhos!

Abraços,

Ana.

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