sexta-feira, 30 de março de 2012


PARA PENSAR........
O consumo de carne, enquanto éramos seres primitivos, tinha sua justificativa, mas não somos mais e, às vésperas de dar outro passo evolutivo, estamos nos atrasando em função disso.

E basta deixar de comer carne para evoluirmos? Seria tão fácil assim?

- Não é tão fácil assim com vocês imaginam, pois se todos deixassem de comer carne de um momento para outro, imediatamente a energia terrestre se trasnformaria a ponto de não existirem nem mesmo as guerras. As disputas territoriais nada mais são do que instintos animais alimentados por energias animais densas.

- O senhor quer dizer que a carne é culpada pelas guerras e desentendimento entre as pessoas? - Perguntou um dos alunos desencarnados, que não entendeu o raciocínio do professor.

- Não. Não foi isso que eu disse. Acho que respondi de forma incompleta. Acompanhem meu raciocínio.

Os dirigentes de países em guerra são pessoas com senso de territorialidade mais evidente que a maioria das pessoas. Buscam defender seu país a todo custo, como faria um animal que defende seu território. Quais os animais são mais agressivos ao defender seu território? - Perguntou o professor aos alunos.

- Os mais competitivos, os mais fortes, os mais...

- Os carnívoros - completou o professor.

- Eles são os mais agressivos e atacam os que invadem seu território de caça.

E quanto maior for seu território, maior será a sua abundância de carne e maior será sua agressividade para mantê-lo.

- Mas por quê? Quis saber ele.

- Por quê? Ora, "a carne nutre a carne".

- O que o senhor quer dizer com isso?
- Que a energia contida na carne, sendo densa, exacerba a ação dos instintos e principalmente os ligados à preservação. Isso torna as pessoas que consomem carnes mais instintivas, isto é, mais animalizadas. A cada pedaço de carne que deixamos de ingerir, nos tornamos menos densos e mais próximos do seguinte estágio evolutivo.

Entretanto, a cada naco de despojos sem vida de animais que ingerimos, atamos peso aos nossos pés, que dificulta nosso vôo ao alto da próxima escala evolutiva.

- Professor, se consumíssemos vegetais, ainda sssim não estaríamos matando para nos alimenta?

- Não é preciso matar para comer. Um vegetal não precisa ser completamente destruído ou mutilado para nos fornecer alimento de alta qualidade. Eles crescem continuamente e por isso podem nos fornecer alimentos também continuamente, sem que sofram por isso. Os vegetais são parte de outros corpos coletivos, milhares de vezes maiores que o maior corpo coletivo animal, mas os cuidados com esses corpos são tão importantes quanto os que comentamos anteriormente no que se referia aos animais.

- O senhor acha que um dia todos deixaremos de nos alimentar de carne para nos aliemtarmos de vegetais?

- Breve os alimentos de alto valor biológico serão produzidos de forma sintética, sem necessidade de mortes.

Serão usadas somente as células que se reproduzirão em laboratório e poderão ser usadas como alimento. Esse tempo não está longe.

Pode até não parecer e as pessoas podem não notar, mas a maioria das pessoas que gosta de carne na realidade não a suporta e prefere os vegetais, isto é, seu corpo pede proteínas animais, mas seu espírito pede energias mais leves.

- Como? Acho que o senhor está enganado, pois todas as pessoas que eu conheço e que gostam de carne a comem com vontade.

- Se você tem alguma dúvida, então peça a um comedor de churrasco que mate uma ave, ou um animal qualquer, e consuma suas entranhas, ali mesmo, cruas e quentes pelo sangue fresco, como faria uma fera carnívora. É provável que tente, mas não creio que consiga ingerir mais que uns poucos gramas, antes que o enjôo e náuseas o atinja. Peça a um adepto de churrascadas que dê uma dentada em um animal vivo e consuma suas carnes e vísceras enquanto ele se debate, como faria um predador carnívoro da floresta. Duvido que o faça.

No entanto, essa mesma pessoa vai tranquilamente a uma dessas casas de comércio de alimentos de origem animal para escolher uma peça de carne que nem lhe faz lembrar de que se trata de uma parte do músculo de algum bovino assassinado e esquartejado.

Na verdade, as pessoas procuram não pensar que estão ingerindo um cadáver e disfarçam o sabor e a aparência com vegetais, com os quais possuem mais afinidade, sem se darem conta disso.

Quando as pessoas adquirem um pedaço de carne, logo a queimam.

Isso é bom porque é mais higiênico, mas não é só por isso que a queimam. Ao queimarem a carne, o odor cadavérico e o sabor de um corpo em decomposição desaparecem, restando um odor e sabor de carbono. Por fim, acrescentam vegetais aromáticos e molhos a base de vegetais, que darão outro sabor ao carvão, tornando-se mais fácil de ingerir. Como acompanhamento, ingerem saladas vegetais.

Se observarem, notarão que o alimento deixou de conter carne, pois, ao ser queimada, tornou-se um aglomerado de carbono, uma vez que a proteína da carne se destruiu com o calor e, a seguir, temperam com vegetais.
Na verdade, estão ingerindo basicamente vegetais, mas um animal foi morto por isso.
Do livro: "Todos os animais são nossos Irmãos" de Marcel Benedeti.
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Todos Animais São Nossos Irmãos

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